domingo, 5 de maio de 2013

BAÍA DE GUANABARA



BAÍA DE GUANABARA

Situada no litoral oriental do Brasil, ocupa superfície de 412 km2, profundidade máxima 55 m. O perímetro é de 143 km.  Comunica-se com o atlântico por uma entrada de 1500 m de largura entre a ponta de São João, no Rio de Janeiro, e a fortaleza de S. Cruz, em Niterói.  A navegação se faz, entre a ilha da Laje e S. Cruz (900m).  A baía abre-se interiormente até um diâmetro máximo de 28 km.
Em seu interior, numerosas ilhas, dentre as quais: Governador (onde se localiza o Aeroporto Internacional do Galeão), Fundão (Cidade Universitária), ambas ligadas por uma ponte ao continente; Paquetá (recanto turístico), Brocoió (Parque e edifício vendidos por Otávio Guinle ao Rio de Janeiro); Conceição, S. Cruz e Flores, próximas a Niterói.  No litoral fluminense há muitos pontos de interesse, como a enseada de Jurujuba, a ponta de São Francisco, onde se acham a gruta de Nossa Senhora de Lurdes e a Igreja de São Francisco Xavier (1572), em que morou Anchieta; o morro do Cavalão, com a chamada Garganta do Inferno, antigo Covil de ladrões e assassinos; a ponta da Armação, onde foi instalado o primeiro armazém para o tratamento da carne e produtos da baleia e serviu (1822) de quartel às tropas de Jorge Avilez, expulsas do Rio, enquanto aguardavam embarque para Portugal; aí também desembarcou Saldanha da Gama por ocasião da Revolta da Armada (1894); o Mocanguê Grande, onde está à base Castro Silva (navios mineiros, Submarinos e homens-rãs); a enseada de São Lourenço, na qual Irineu Evangelista de Souza (Mauá, Visconde de) ergueu o primeiro estaleiro e oficina de fundição de ferro e bronze, onde fabricava, inclusive, arados, e que, entre 1849 e 1860, lançou ao mar72 navios a vapor; o porto de Niterói, com seu cais de 1456 m; e o porto de Mauá (em Pacabaíba), que foi ponto de partida da primeira entrada de ferro do Brasil (1854), 14,5 km, em direção a Petrópolis.  Nesse ponto desembocam os rios Estrela e Macacu, este com foz de 450 m, e navegável por 34 km até Porto das Caixas, que tem esse nome por ter servido de ponto de embarque da produção fluminense de açúcar feita em caixas de 30 kg e, posteriormente, de toda a produção de café da zona de Cantagalo.
A costa fluminense termina com o oleoduto Duque de Caxias, de 17,5 km, ligando ao mar a refinaria do mesmo nome.  No litoral, a zona dos estaleiros (Caneco, McLaren e Ishkawajima); a ponta do Caju, onde se construiu a ponte Rio - Niterói, e a desaparecida ilha dos Ferreiros; o Cais do Rio de Janeiro com 3298 m (da Praça Mauá ao canal do Mangue) e o píer Oscar Weinschenk, de 400 m de comprimento por 83 metros de largura; o Arsenal de Marinha; as docas da Alfândega e o Entreposto da Pesca; a estação das barcas no cais Pharoux, assim chamado por ter existido nas imediações um hotel de propriedade do francês Louis Adolphe Pharoux, em princípios do século XIX; o Clube da Aeronáutica, antiga estação de hidroaviões, marco da arquitetura contemporânea no Brasil; o Aeroporto Santos Dumont e a Escola Naval, na desaparecida ilha de Villegaignon; a antiga praia de Santa Luzia, aterrada com o arrasamento do morro do Castelo; o aterro do Flamengo, com o parque desse nome, depois do aterro feito com desmonte do morro de Santo Antônio, em cuja esplanada se situa a nova catedral; o morro da Viúva, que antigamente se projetava diretamente no mar; a enseada e a praia (artificial) de Botafogo, a praia da Urca e o Pão de Açúcar.
A baía tem ao fundo a serra dos órgãos.


Bibliografia: Enciclopédia Século XX
                      Vol. 04
                      Livraria José Olynpio Editora.

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