BAÍA DE GUANABARA
Situada no litoral oriental do Brasil, ocupa superfície de
412 km2, profundidade máxima 55 m. O perímetro é de 143 km. Comunica-se com o atlântico por uma entrada
de 1500 m de largura entre a ponta de São João, no Rio de Janeiro, e a
fortaleza de S. Cruz, em Niterói. A
navegação se faz, entre a ilha da Laje e S. Cruz (900m). A baía abre-se interiormente até um diâmetro
máximo de 28 km.
Em seu interior, numerosas ilhas, dentre as quais: Governador
(onde se localiza o Aeroporto Internacional do Galeão), Fundão (Cidade
Universitária), ambas ligadas por uma ponte ao continente; Paquetá (recanto
turístico), Brocoió (Parque e edifício vendidos por Otávio Guinle ao Rio de
Janeiro); Conceição, S. Cruz e Flores, próximas a Niterói. No litoral fluminense há muitos pontos de
interesse, como a enseada de Jurujuba, a ponta de São Francisco, onde se acham
a gruta de Nossa Senhora de Lurdes e a Igreja de São Francisco Xavier (1572),
em que morou Anchieta; o morro do Cavalão, com a chamada Garganta do Inferno,
antigo Covil de ladrões e assassinos; a ponta da Armação, onde foi instalado o
primeiro armazém para o tratamento da carne e produtos da baleia e serviu
(1822) de quartel às tropas de Jorge Avilez, expulsas do Rio, enquanto
aguardavam embarque para Portugal; aí também desembarcou Saldanha da Gama por
ocasião da Revolta da Armada (1894); o Mocanguê Grande, onde está à base Castro
Silva (navios mineiros, Submarinos e homens-rãs); a enseada de São Lourenço, na
qual Irineu Evangelista de Souza (Mauá, Visconde de) ergueu o primeiro
estaleiro e oficina de fundição de ferro e bronze, onde fabricava, inclusive,
arados, e que, entre 1849 e 1860, lançou ao mar72 navios a vapor; o porto de
Niterói, com seu cais de 1456 m; e o porto de Mauá (em Pacabaíba), que foi
ponto de partida da primeira entrada de ferro do Brasil (1854), 14,5 km, em
direção a Petrópolis. Nesse ponto
desembocam os rios Estrela e Macacu, este com foz de 450 m, e navegável por 34
km até Porto das Caixas, que tem esse nome por ter servido de ponto de embarque
da produção fluminense de açúcar feita em caixas de 30 kg e, posteriormente, de
toda a produção de café da zona de Cantagalo.
A costa fluminense termina com o oleoduto Duque de Caxias, de
17,5 km, ligando ao mar a refinaria do mesmo nome. No litoral, a zona dos estaleiros (Caneco, McLaren
e Ishkawajima); a ponta do Caju, onde se construiu a ponte Rio - Niterói, e a
desaparecida ilha dos Ferreiros; o Cais do Rio de Janeiro com 3298 m (da Praça
Mauá ao canal do Mangue) e o píer Oscar Weinschenk, de 400 m de comprimento por
83 metros de largura; o Arsenal de Marinha; as docas da Alfândega e o
Entreposto da Pesca; a estação das barcas no cais Pharoux, assim chamado por
ter existido nas imediações um hotel de propriedade do francês Louis Adolphe
Pharoux, em princípios do século XIX; o Clube da Aeronáutica, antiga estação de
hidroaviões, marco da arquitetura contemporânea no Brasil; o Aeroporto Santos
Dumont e a Escola Naval, na desaparecida ilha de Villegaignon; a antiga praia
de Santa Luzia, aterrada com o arrasamento do morro do Castelo; o aterro do
Flamengo, com o parque desse nome, depois do aterro feito com desmonte do morro
de Santo Antônio, em cuja esplanada se situa a nova catedral; o morro da Viúva,
que antigamente se projetava diretamente no mar; a enseada e a praia
(artificial) de Botafogo, a praia da Urca e o Pão de Açúcar.
A baía tem ao fundo a serra dos órgãos.
Bibliografia: Enciclopédia Século XX
Vol. 04
Livraria José Olynpio Editora.
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