segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O PASSADO PRESERVADO

Niterói ainda mantém características
De imigrantes que chegaram em 1555.


A Fortaleza de Santa Cruz, construída há 444 anos por franceses,
Foi modificada por portugueses e reformada várias vezes.
Mas, conserva até hoje a Capela de Santa Bárbara e Cova da Onça,
Onde presos eram torturados.



                        Índios, franceses, inleses, portugueses.  Conflitos e conveniências de povos e culturas diferentes ajudaram a fazer a história dos 426 anos de Niterói.  São fatos e reminiscências que continuam vivos ainda hoje na cidade, graças a igrejas, fortes e monumentos que estão aí para lembrar as características marcantes dos episódios que construíram a trajetória de Niterói.
                        A Fortaleza Santa Cruz, na entrada da Baía de Guanabara, é um destes marcos.  Erguida em 1555 após a chegada do Vice-almirante francês Nicolau Durand de Villegagnon, que veio ao Brasil na tentativa de fundar a França Antártica, a fortaleza foi ocupada depois pelo Terceiro Governador-Geral do Brasil, Mem de Sá, e reformada várias vezes para resistir à ação do mar.
                        Construída originalmente com concepção arquitetônica francesa, a fortaleza sofreu várias modificações feitas pelos portugueses.  Os destaques Santa a capela de Santa Bárbara e a Cova da Onça, onde eram torturados os presos.
                        Outro importante prédio é a Igreja de São Lourenço dos Índios, entregue em 1892, ainda em obras, ao Bispado do Rio de Janeiro.  A construção, que começou em 1873, só terminou em 1897.  Mesclado vários estilos arquitetônicos, do barroco ao gótico, a igreja foi projetada na Alameda Boaventura para substituir a Capela de São Lourenço dos Índios, marco da fundação da cidade, onde ainda hoje é realizados todos os anos a missa pelo aniversário de Niterói.
                        A Ilha da Boa Viagem, na Baía de Guanabara, também guarda, além das belezas naturais, traços marcantes da história da cidade.  Ainda existem por lá resquícios de um pequeno forte que, com 10 baterias de artilharia, enfrentou sem sucesso as tropas do francês Duguay Trouin, em 1711.  Tempos depois, em 1893, a Bateria de Boa Viagem, como era conhecida, foi arrasada por uma Revolta da Armada.
                        Atualmente ainda existe na Ilha a Igreja de Boa Viagem, que continua de pé mesmo depois de vários incêndios, tendo o último acontecimento em 1977.