terça-feira, 15 de março de 2011

Casa do Capão do Bispo
Casa do Capão do BispoCapão do Bispo é uma das mais antigas propriedades rurais do Estado do Rio de Janeiro e sua casa, sede da fazenda, é o que sobrou da sesmaria doada por Estácio de Sá aos Jesuítas e a concessão, confirmada pela Corte de Lisboa em 10 de julho de 1565. Abrangia as freguesias de Inhaúma, Engenho Velho, Engenho Novo e São Cristóvão.
Com uma área de duas léguas de testada e duas de fundo (13.200 m X 13.200 m) começava no Vale do Catumbi, junto ao Rio dos Coqueiros, antigamente chamado Iguassu e hoje Rio Comprido, servia como divisa natural desde a nascente até desaguar no mangue da Cidade Nova, seguindo pelo litoral, atravessando a bica dos Marinheiro, São Cristóvão e Benfica até a Tapera de Inhaúma, rumo noroeste para o sertão, rumo sudoeste nas áreas férteis e saudáveis dos terrenos do Engenho Velho, Andaraí e Engenho Novo entre outros.
Em 1684 o Padre Custódio Coelho era o responsável pela freguesia de Inhaúma, que a passou para o Vigário Geral Clemente Martins de Mattos. A área era limitada pelos morros do Pedregulho e do Telégrafo ao sul. Pela Serra da Misericórdia e litoral do canal de Benfica, os atuais bairros do Engenho Novo, Méier e Inhaúma, ao norte.
A fazenda ficava na planície suburbana com diversos vales ligeiramente acidentados por baixas colinas, próximos ao Rio Jacaré, Faria e Timbó, foi confiscada dos Jesuítas em 1759 e passaram à Coroa e leiloada a partir de 1761, quando um dos compradores foi o Bispo D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas de Castelo Branco, onde ergueu a casa grande da fazenda num capão (porção de mato iso lado no meio do campo) sobre um outeiro de 20 m de altura. Depois uniu-se a fazenda de Sant’ana, um engenho que pertencera a Brás de Pina , segundo Pizarro.
O Bispo morreu em 28 de janeiro de 1805 quando a propriedade passou ao seu sobrinho Jacinto Mascarenhas Furtado de Mendonça. De 1862 a 1868 a casa grande foi aforada por escritura a Joaquim José Palhares Malafaia e a Domingos José de Abreu. Em 1914 vendida a Francisca Carolina de Mendonça Ziéze e depois a Joaquim Alves Maurício de Oliveira, dono até 1929, passando à Clara Ziéze de Oliveira.
Há 18 de setembro de 1937 passou para Simão Daim e em 1947 estava em nome de Jacob Armin Frey. Esses levantamentos foram feitos por Noronha Santos.
Em 30 de agosto de 1947 foi tombada pelo IPHAN, com Florentino M. Guimarães responsável pelo canteiro de obras e coordenando o levantamento arquitetônico. Desapropriada em 1961 passando ao governo do Estado da Guanabara, sendo a emissão de posse dada em 1969. Nas décadas de 50 e 60 foi invadida por 30 famílias que fizeram do patrimônio histórico, uma cabeça-de-porco chegando a estar ameaçada de desabar. Edgard Jacinto da Silva, arquiteto do IPHAN fez um trabalho de restauração na sede que durou dois anos, de 1973 até 1975, custando NCr$ 195.000,00 e instalado um Museu Rural e Centro de Estudos Arqueológicos.

Av. Suburbana, 4616
Del Castilho
3880-4257
Jardim do Méier
O Jardim do Méier é um dos (talvez o maior) símbolos do bairro. Durante décadas serviu como o ponto central do bairro, onde aconteciam discursos políticos, apresentações musicais, paradas cívicas e eventos religiosos. Foi também a principal fonte de diversão das famílias, com seu teatro de marionetes, lambe-lambes e barraquinhas.

Jardim do Méier no começo do séc XX
Jardim do Méier no começo do séc XX - Fonte: Museu Histórico Nacional

Inaugurado em 1919, na gestão de Paulo de Frontin, o Jardim é projeto dos arquitetos Pedro Viana da Silva e Arquimedes José da Silva, e possuía na época da inauguração 13 mil metros quadrados. Foi construído no terreno da chácara que havia pertencido ao dr. Arquias Cordeiro, proprietário cujo nome batizou a rua que beira a linha do trem, no sentido ao Centro.
O Jardim passou por um período de abandono, e sofreu algumas remodelações de acordo com o tempo, sendo a mais significativa a que aconteceu na ocasião da construção do viaduto Castro Alves. Porém, algumas coisas resistem até hoje: o coreto, que é um do 3 que ainda existem no Rio de Janeiro, e o teatro de Guignol, revitalizado recentemente. O teatro de Guignol, nome dado para o "palco" onde acontece o teatro de marionetes, é resquício da Belle Époque carioca, em que esse tipo de divertimento era comum nas praças. No começo do século XX, 5 praças possuiam teatro de Guignol: Mourisco, Beira-Mar, Saens Peña, Serzedelo Corrêa e Jardim do Méier.
Coreto do Jardim do Méier

Pesquisa aponta 23ª DP do Méier como a melhor delegacia do Brasil

23ª DP do Méier foi eleita a melhor delegacia do país, segundo pesquisa realizada durante a III Semana de Visitas às Delegacias. O estudo foi coordenado pela Altus, uma parceria global entre ONGs e instituições acadêmicas, e realizado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (CESeC).

A ação aconteceu em outubro de 2009, em 211 cidades localizadas em mais de 20 países. Membros da sociedade civil visitaram delegacias e reponderam a um questionário sobre o atendimento recebido. No Brasil foram avaliadas 235 delegacias, distribuídas em nove estados brasileiros. Os cidadãos votantes elegeram a 23ª DP do Méier como a unidade que oferece o melhor tratamento ao público, deixando em segundo lugar a 2ª DP de Porto Alegre, e em terceiro a 37ª DP de Campo Limpo, em São Paulo.

A Unidade do Méier já havia sido eleita a melhor do Brasil em 2007, porém em 2008 a delegacia não foi sorteada para participar da votação. A pedido do delegado Luiz Acrhimedes, foi incluída no pleito de 2009, para mais uma vez faturar o prêmio.

"A gente não tem nada de diferente das outras unidades. Procuramos cumprir estritamente o determinado pela Chefia de Polícia. Agora, já trabalhamos juntos há bastante tempo. Há uma equipe. Não é só o delegado que faz ou deixa de fazer. É o grupo que faz. A união é algo que faz a diferença", disse.

O prêmio será entregue na próxima terça-feira, dia 16, no IV Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em São Paulo.


MÉIER - RIO DE JANEIRO

História do Méier
Méier é um dos mais tradicionais e importantes bairros cariocas, estando localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, no Brasil. Apresenta duas aparências urbanas distintas: uma mais agitada nas áreas próximas da rua Dias da Cruz e da estação ferroviária, e outra mais calma nas ruas mais internas.
O Méier é habitado, na sua maioria, por famílias de classe média e é o décimo sétimo bairro carioca com maior IDH, de 0,931, sendo um dos mais valorizados da Zona Norte, só perdendo para o Jardim Guanabara (0,962), Maracanã (0,944) e o Grajaú (0,938). O Méier faz divisa com os bairros do Lins de Vasconcelos, Engenho de Dentro, Cachambi, Engenho Novo e Todos os Santos. É no bairro que se localiza o primeiro shopping do Brasil, o Shopping do Méier, inaugurado em 1963.

No século XVIII o bairro era uma fazenda de cana-de-açúcar. Em 1760 houve desentendimentos entre os Jesuítas (os donos da fazenda) e a Coroa Portuguesa que os expulsou do Rio de Janeiro. A fazenda então foi dividida em três partes: Engenho Novo, Engenho Velho e São Cristóvão. Em 1884, Dom Pedro II presenteou um amigo com parte das terras. Esse amigo tinha o nome de Augusto Duque Estrada Meyer (filho do comendador Miguel João Meyer, português de origem alemã e um dos homens mais ricos da cidade, no final do século XVIII), conhecido como Camarista Meyer por ter livre acesso às Câmaras do Palácio Imperial.
Por sua causa, a região ficou conhecida como "Meyer" (pronuncia-se "Maier"), e depois de um tempo os moradores aportuguesaram para Méier. Os primeiros habitantes da região eram escravos fugidos que formaram quilombos na Serra dos Pretos-Forros.
Cortado pela Estrada de Ferro Central do Brasil, a história do Méier às vezes se confunde com a dos trens. O aniversário da sua estação ferroviária é utilizado como data de fundação do bairro: 13 de Maio de 1889. A Estrada de Ferro foi de extrema importância para o início de um acelerado progresso da região, atualmente conhecida como Grande Méier. A partir da década de 1950 o bairro explodiu demográfica e comercialmente. Em 1954 o bairro ganhou o Imperator, na ocasião a maior sala de cinema da América Latina com 2.400 lugares. Em seguida foi a vez do Shopping do Méier se instalar no bairro, o primeiro do gênero a ser inaugurado no Brasil.
Um dos grandes problemas do Méier é o trânsito. O aumento de tráfego após a implantação da Linha Amarela somado as vias de acesso que ainda mantém um dimensionamento obsoleto complicam o trânsito na região, tornando-o por vezes caótico. Quem vem do Centro enfrenta congestionamentos na avenida 24 de Maio e quem sai da Linha Amarela observa trânsito lento em ruas como Arquias CordeiroBorja Reis e Dias da Cruz, principalmente no horário de rush.
É um dos principais pólos comerciais da cidade e um dos bairros cariocas que mais vem se desenvolvendo. O início deste novo ciclo de progresso começou com a concretização da Linha Amarela. É possível observar o surgimento de construções de grandes condomínios e prédios de alto padrão, em maior parte nas ruas transversais à rua Dias da Cruz. A construção do Estádio João Havelange, no bairro vizinho do Engenho de Dentro, promete alavancar de vez o comércio local, que hoje apresenta sinais de recuperação após um período de decadência por conta da concorrência do Norte Shopping. Alvo de reclamação de seus moradores, as opções de lazer no bairro deixam a desejar.
(fonte: Wikipedia)