domingo, 16 de janeiro de 2011

Fantástico - A morte de Tancredo Neves (1985)

Tempestade no RJ ► Mais cidades da região serrana do Rio são afetadas pe...

repercussão internacional

Leia repercussão internacional das mortes provocadas pelas chuvas no Rio




Destruição e morte em proporção jamais vista atingem a região serrana do Estado do Rio de Janeiro. No último balanço, divulgado nesta quinta-feira, tinham sido registradas mais de 300 mortes em decorrência das fortes chuvas. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis. Entre as vítimas, estão bombeiros que trabalhavam no resgate. No caso de Nova Friburgo, problemas de telefonia dificultam ainda a atualização dos números.
Leia o que a mídia internacional afirma sobre a tragédia:


"Le Monde"
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O francês "Le Monde" reporta a tragédia no Rio em matéria com destaque na página principal de sua versão na internet. "Pelo menos 335 pessoas morreram em uma região montanhosa do Rio de Janeiro após chuvas torrenciais entre a noite de terça e a quarta-feira", diz o diário.
O jornal cita os problemas em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis e diz que o "verão é habitualmente acompanhado de chuvas no Sudeste do Brasil, e as inundações e as mortes por desabamento de terra são frequentes nesta estação."




"Corriere della Sera"

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O jornal italiano descreve a situação no Rio e traz as citações do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, sobre o caos: "Em determinadas localidades, temos a impressão de estarmos em uma praça de guerra". A publicação destaca ainda que as mortes causadas por inundações no Brasil no ano passado somaram 473.
O diário também lembra as enchentes que atingem a Austrália. As chuvas não dão trégua e continuam causando enchentes devastadoras no país e no Sri Lanka, com um total de 35 mortos e mais de 3,5 milhões de pessoas afetadas.


"Der Spiegel"
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O semanário alemão também destaca na sua página principal da internet as chuvas no Rio e traz na reportagem um vídeo da agência Reuters com cenas dos locais atingidos.
O texto informa que "um desastre" atingiu o Brasil, citando que casas foram soterradas, rios transbordaram e veículos foram arrastados pelas águas.
A publicação cita ainda que bombeiros e a defesa civil estão mobilizados na busca por sobreviventes.



"El País"
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Com chamada de destaque na página da internet, o jornal espanhol destaca que o número de mortos na tragédia chegou a 350 e que o Brasil segue contabilizando novas vítimas mortas pelas chuvas dos últimos dias.
Também informa que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, deverá sobrevoar de helicóptero as áreas mais afetadas pelas chuvas e que o governo federal destinará 340 milhões de euros aos Estados mais castigados.
"Calcula-se que as vítimas podem totalizar 1 milhão, dado o grande número de desaparecidos e de bairros que foram inteiramente destruídos", diz o diário espanhol.


"The New York Times"
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Em sua versão on-line, o jornal americano dá destaque principal ao caso na página "Américas", com a chamada "Deslizamentos de terra no Brazil matam centenas".
O texto conta que sobreviventes dos deslizamentos de terra relatam os "horrores" de assistirem casas desmoronarem e os esforços para retirarem os vizinhos soterrados.
Segundo o "Times", mais de 350 pessoas morreram e pelo menos 50 estão desaparecidas.





"CNN"
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A rede de TV americana "CNN" traz informações de ontem, com o relato de 260 mortes "por causa das chuvas que não param desde 1º de janeiro".
O texto destaca ainda a morte de três bombeiros durante o resgate das vítimas.

SÃO PEDRO LIDEROU CRISTÃOS ROMANOS, MAS NUNCA FOI PAPA, DIZEM HISTORIADORES


Na época do santo, liderança das igrejas cristãs era 'compartilhada' por anciãos.
Papado 'monárquico' surgiu séculos mais tarde; martírio em Roma é provável.

Reinaldo José LopesDo G1, em São Paulo 
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Católicos do mundo todo vêem São Pedro como o protótipo dos papas, o homem que fundou a sucessão ininterrupta de líderes da Igreja que chega até Bento XVI, mas o papel real do "príncipe dos apóstolos" provavelmente foi bem mais modesto, afirmam historiadores. Embora seja bem possível que Pedro tenha vivido, pregado e morrido em Roma, ele não fundou um governo centralizado da igreja romana, o qual demorou séculos para emergir.

Mais importante ainda, embora a igreja de Roma tenha conquistado desde cedo uma posição de destaque entre as comunidades cristãs espalhadas pela bacia do Mediterrâneo, as outras igrejas não creditavam o prestígio romano ao "papado" de Pedro, mas ao fato de que tanto ele quanto seu companheiro de apostolado, São Paulo, haviam pregado a palavra de Jesus e morrido em Roma. É o que diz um texto escrito por volta do ano 180 pelo líder cristão Irineu de Lyon.

Segundo Irineu, a comunidade de Roma havia sido "fundada e organizada pelos dois gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo". "Para Irineu, a competência da igreja de Roma provinha de sua fundação pelos dois apóstolos, Pedro ePaulo, não só por Pedro", resume o historiador irlandês Eamon Duffy, da Universidade de Cambridge, em seu livro "Santos e Pecadores: História dos Papas".

Chegando mais tarde
Na verdade, a situação era ainda mais complicada do que Irineu imaginava. Tudo indica que a comunidade cristã de Roma foi fundada por um anônimo seguidor de Jesus, provavelmente um judeu da Palestina que se juntou aos dezenas de milhares de membros da comunidade judaica da capital do Império Romano. São Paulo, ao escrever para os cristãos de Roma na década de 50 do século 1, em nenhum momento menciona a presença de Pedro na cidade.

No entanto, sabemos pelos Atos dos Apóstolos, livro do Novo Testamento escrito no fim do século 1, que Paulo acabou indo para a cidade para ser julgado pelo imperador romano num processo que estava sofrendo. E outros textos, também do fim do século 1 e começo do século 2, dão conta de que tanto Paulo quanto Pedro foram mortos durante a perseguição contra os cristãos ordenada pelo imperador Nero entre os anos 64 e 67. A tradição sobre o martírio é relativamente próxima dos eventos, embora não esteja registrada na Bíblia, e há pouca razão para duvidar que os santos morreram mesmo na Cidade Eterna.

Pedro é retratado como papa nesta pintura sacra portuguesa do século 16 (Foto: Reprodução)

Pescador impetuoso
Para o padre e historiador americano John P. Meier, professor da Universidade Notre Dame e autor da monumental série "Um Judeu Marginal" (ainda não concluída) sobre a figura histórica de Jesus, o Novo Testamento traz uma série de informações importantes e confiáveis sobre Pedro. Originalmente, ele era um pescador da Galiléia (norte de Israel), casado, e aderiu ao grupo de discípulos de Jesus junto com seu irmão André. O nome de seu pai era João ou Jonas, e seu nome original era Simão.

O mais provável é que Jesus tenha dado a ele o apelido aramaico de Kepa (ou Kephas, como escreve São Paulo), "a pedra" ou "a rocha", depois traduzido como Petros, ou Pedro, em grego. Todos os evangelistas o apresentam como o principal membro do grupo dos Doze Apóstolos, ou como o porta-voz deles, e também retratam-no como um homem ao mesmo tempo generoso, extremamente apegado a Jesus, cabeça-dura (talvez uma relação irônica com seu apelido), indeciso e dado a súbitas mudanças de opinião.

Em suas cartas, São Paulo relata um relacionamento tempestuoso com Pedro. Ao se converter à fé em Jesus (Paulo, judeu com cidadania romana, antes perseguia os cristãos), Paulo teria passado alguns anos sozinho até ir a Jerusalém e falar com Pedro e outros apóstolos. Depois, conseguiu convencer o grupo original de seguidores de Jesus que os pagãos também poderiam ser convertidos, mas entrou em conflito com Pedro, chamando-o de hipócrita. É que Pedro foi visitar a comunidade cristã de Antioquia, na Síria, e inicialmente fazia suas refeições com os crentes de origem pagã, coisa proibida pela lei judaica. No entanto, quando outros judeus cristãos apareceram na cidade, ele parou de fazê-lo, o que provocou a reprimenda de Paulo.

As chaves do Reino dos Céus
Há indícios de que, antes de ir para Roma, o santo passou por Antioquia e por Corinto, na Grécia. No entanto, o momento definidor de sua carreira como "papa", segundo os apóstolos, teria acontecido ainda durante a vida de Jesus. Segundo o Evangelho de Mateus, Pedro teria dado mostras impressionantes da fé em seu mestre eu declarar a ele: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus, então, teria prometido a Pedro a liderança de seus seguidores: "Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Darei a ti as chaves do Reino dos Céus".

Nesta obra do século 15, do italiano Pietro Perugino, o santo recebe de Jesus as chaves do Reino do Céu (Foto: Reprodução)

John P. Meier afirma que a "profissão de fé" extraordinária de Pedro provavelmente é um fato histórico, por estar registrada nas diversas fontes usadas pelos evangelistas para compor suas narrativas. Também não duvida do papel de liderança de Pedro na Igreja primitiva. No entando, diz acreditar que a promessa de Jesus não é histórica, justamente porque ela usa a expressão "igreja" -- que praticamente não aparece nos textos do Novo Testamento que tratam da vida de Jesus. Para ele, Mateus "retrojeta" uma situação da Igreja primitiva para a época em que Cristo ainda estava vivo.

Mais importante ainda para a questão do "papado" de Pedro, escreve Eamon Duffy, é o fato de que Roma aparentemente não tinham um bispo único até por volta do ano 150, ou seja, quase um século após a morte do apóstolo. É bom lembrar que, originalmente, o papa era o bispo de Roma, que recebia especial atenção de seus pares por governar a comunidade cristã onde tinham sido martirizados Pedro e Paulo. No entanto, vários documentos do começo do século 2, escritos para a comunidade de Roma e por membros dela, em nenhum momento fazem menção a um bispo, mas apenas aos "anciãos da igreja" ou "dirigentes da igreja".

Para Duffy, a explicação mais provável é que a unificação do comando da igreja romana nas mãos de um só bispo veio mais tarde, por causa de uma série de pressões externas e internas, entre elas o surgimento de heresias poderosas, que contrariavam os ensinamentos cristãos originais. Como forma de defesa, as igrejas, entre elas a de Roma, teriam instituído a "monarquia" dos bispos.




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FOTOS DA TRAGÉDIA EM JANEIRO DE 2011







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