quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

01/02/2011- Moradores pedem uma maior fiscalização nas praias da RO
Moradores da Região Oceânica pedem atuação da Operação de Verão, projeto implantado há pouco mais de um ano pela Prefeitura Municipal de Niterói, nas praias. De acordo com algumas denúncias dos frequentadores de Piratininga e Itaipu, as areias estariam sendo desordenadamente por cormerciantes com barracas e inúmeras cadeiras. Além do problema, os flanelinhas são outros que estariam aproveitando o verão para ganhar uns trocados considerados “mais que extras” dos motoristas que estacionam nas calçadas.
A atividade, que para alguns ambulantes pode ser bastante lucrativa nesta estação do ano, pode estar se tornando um transtono para os banhistas. Em Piratininga, a moradora do bairro e advogada, Adelí Costa, de 35 anos, foi uma das que criticou a ocupação dos vendedores locais. "A areia das praias está semelhante a uma favela, lotada de barracas e cadeiras por todos os cantos. Acabamos ficando sem espaço para deitar e as crianças também limitadas das brincadeiras, por conta da falta de espaço", reclamou a frequentadora da Prainha.
Já em Itaipu, a situação é ainda mais evidente. Para quem gosta de curtir o local, já sabe que a disputa por um lugarzinho na areia, é acirrada. De ponta a ponta, os vendedores improvisados de comidas e bebidas no geral, se preocupam apenas em atrair os fregueses e lotar as suas cadeiras. Do lado de fora das areias, já com os flanelinhas, a situação é quase a mesma - já que neste caso, são os clientes quem brigam por uma boa vaga para o veículo. Como a procura é grande, os valores cobrados ficam à cargo dos "guardadores".
A Secretaria de Segurança e Controle Urbano de Niterói informou que existe um planejamento (e já está em execução) para impedir o excesso de ambulantes nas praias da cidade. Os fiscais da secretara estão atuando também para reduzir o número de barracas, limitar o número de mesas e cadeiras na areia, proibir a venda de bebidas em garrafas e abrir espaços para atuação de guarda-vidas. As operações acontecem em dias e locais aleatórios.
Quanto aos flanelinhas, a secretaria afirmou que está atenta e empenhada em auxiliar à policia no combate ao problema, cujo crime se caracteriza por constrangimento ilegal, extorsão e exercício ilegal da profissão. A Secretaria de Segurança garantiu que já enviou oficio a todos os delegados de Niterói com denúncias sobre a prática ilegal colhidas pela Guarda Municipal para que os infratores possam ser presos.
Fonte: Jornal A Tribuna

Bandidos explodem granada na RO

Bandidos explodem granada na ROPublicado em: 01/02/2011

Texto: Augusto Aguiar
Foto: Bruno Eduardo Alves
Uma ação ousada de criminosos vindos do Rio, na manhã de ontem, na Região Oceânica de Niterói, gerou a mobilização de PMs do 12º Batalhão e um cerco junto as principais saídas do município, inclusive na Ponte Rio-Niterói. Para furar um bloqueio policial os bandidos lançaram e detonaram uma granada em meio ao trânsito, danificando dois carros, um deles pertencente a um capitão do Exército.
De acordo com a polícia, por volta das 7 horas da manhã policiais do 12º BPM realizavam a tradicional blitz, uma barreira considerada rotineira na Estrada Francisco da Cruz Nunes, altura do Cafubá. A situação estava tranquila até surgir em meio aos outros carros um Volkswagem Gol, de cor prata, com vários suspeitos em seu interior. Policiais não souberam adiantar quantos criminosos seriam. O fato é que ao serem surpreendidos no local com a barreira policial, os criminosos decidiram furar a blitz.
A polícia também percebeu a intensão dos criminosos, e quando tentou fazer a abordagem o condutor do Gol acelerou em meio a outros carros. Para dificultar a mobilização policial, que partiria para a perseguição, uma granada foi lançada de dentro do Gol por um dos bandidos. Houve pânico no local da detonação. O artefato explodiu bem próximo e danificou dois carros, um deles o Fiat Uno de cor verde, conduzido por um capitão do Exército, de 39 anos, lotado no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio. O veículo teve o para-brisas traseiro destruído pelos estilhaços. O militar compareceu na manhã de ontem para registrar o fato na 81ª DP (Itaipu).
Outro motorista que também teve o carro danificado com a explosão da granada até a tarde de ontem não compareceu a distrital para registrar o fato. Assim que os criminosos passaram pela blitz, um cerco foi montado junto as principais saídas do município, sobretudo na Ponte Rio-Niterói. Porém, Policiais não tiveram dúvidas em afirmar que os bandidos seriam oriundos do Rio (possivelmente traficantes), e que estariam na Região Oceânica para prática de crimes. Eles teriam sido surpreendidos pela blitz policial quando retornavam para comunidade de origem em algum ponto do Rio.

PROJETO BOTINHO: HÁ 48 ANOS ENSINANDO CIDADANIA

PROJETO BOTINHO: HÁ 48 ANOS ENSINANDO CIDADANIAPublicado em: 04/01/2011

Texto: Liliandayse Marinho
“Fique tranquilo pai, eu sou um botinho”. A fala dita com orgulho pelo menino Marcio da Silva Monge Júnior, de 8 anos, e sua mudança de comportamento hoje, compenetrado e consciente sobre os perigos e respeito que se deve ter com o mar, fizeram com que seus pais, o analista de sistema Marcio, e a psicóloga Silvana, escrevessem para o 4º Gmar (Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros –RJ), agradecendo a oportunidade de, no ano passado, na primeira turma aberta em julho, o menino não só ter participado como apreendido tanto. Ontem, mais uma vez o menino Marcio estava integrando a turma Golfinho e fazendo parte da equipe de cerca dos 500 inscritos , que participam em Piratininga do Projeto Botinho, que desde 1963, durante o período de férias escolares, ensina a garotada noções de disciplina e de como lidar e enfrentar o mar, com cautela e respeito.
Atendendo a crianças e jovens de 7 a 17 anos, tanto de escolas particulares como públicas, o projeto Botinho começou ontem também na Praia de Icaraí, Piscinão de São Gonçalo, Itaipuaçu, Barra de Maricá e Ponta Negra, além de outras localidades do Rio de Janeiro. Tendo o Corpo de Bombeiros à frente, o projeto Botinho é uma espécie de colônia de férias, para alívio de muitos pais que acabam não tendo opções para os filhos neste período. Só que, ao contrário de somente lazer, a garotada termina o mês de janeiro sabendo como prevenir afogamentos.
Além disso, os “botinhos” terminam o mês com maior consciência ecológica e educação ambiental. Elas aprendem ainda, entre as recreações, como futebol, vôlei e outras atividades esportivas, noções de oceanografia, prevenção e noções de primeiros socorros em casos de possíveis afogamentos.
“É uma colônia de férias onde eles aprendem a prevenir afogamentos e a conhecer o mar. Por isso que a cada ano o número de pessoas é maior”, conta o sargento Sidemar, um dos coordenadores do projeto que só permite três faltas durante o mês e mesmo assim justificadas.
Já animado com a disposição e empenho da garotada, ele avisa que além de todas as atividades diárias que ocorreram ao longo do mês, uma das partes mais emocionantes será no dia 28, quando o helicóptero Águia da Polícia Civil dará apoio a uma simulação de salvamento, que terá como integrante um aluno do Projeto. “Eles gostam e os pais dizem que começam a ver o mar e determinadas noções de vida de forma mais positiva”, afirma Sandimar.
A constatação de como o menino Marcio modificou o comportamento fez com que os seus pais inscrevessem novamente o menino e terem tido a ideia de enviar uma carta elogiando toda a corporação. Paulistas e morando desde o ano passado em Piratininga, até então só haviam acostumado o menino em piscinas.
“Agora ele já nos ensina quando e como devemos entrar no mar, nos mostra onde tem corrente e como nos safarmos de determinadas situações no mar. Hoje ele respeita o mar e sabe se defender”, diz o analista de sistema Marcio.
As amigas Alana Marinho, Isabela Azeredo, Ana Vitória Freitas e Julye Bastos, estudantes do Salesiano Região Oceânica, e Bianca Bueno, do Colégio Gomes Pereira, no início não entenderam bem o que fariam no local, mas bastou primeiro dia de instrução com os bombeiros para adorarem e entenderem que terão um mês bem agitado pela frente e sairão conhecendo muito mais o mar do que agora.
“Acho importante porque elas tem uma opção de se exercitarem durante as férias, e além do mais podem conhecer um pouco mais do trabalho dos bombeiros que são grandes heróis no mar e na terra”, diz a cabeleireira Luciana Pereira dos Santos, mãe de Isabela.
Estudante do Plínio Leite e moradora do Sapê, Tamires Ferreira, de 16 anos, há seis participa do projeto Botinho e não abre mão. “Aqui nós fazemos amigos e aprendemos além de nos exercitarmos. É uma ótima forma de passarmos as férias”, disse Tamires. “Nós também ensinamos aos alunos o respeito pelo próximo e a preservar o meio ambiente, e a conservar as praias, evitando jogar lixo nelas”, completa.
O curso é composto por 20 aulas durante 4 semanas no mês de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 8 às 11hs. Os participantes são divididos em 3 categorias, para o melhor aproveitamento e administração adequada: Golfinho (para crianças de 7 a 10 anos), Moby Dick (de 11 a 14 anos), e Tubarão (de 15 a 17 anos). Os pais e responsáveis dos alunos também auxiliam o projeto e são chamados de Sereias.