terça-feira, 1 de março de 2011

Região Oceânica expande porque mistura praias a clima ameno


Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Piratininga recebem empreendimentos para morar e investir. Aluguéis chegam a R$ 6 mil enquanto valor de compra passa de R$ 2,7 milhões

A Região Oceânica de Niterói está em plena expansão, e atrai cada vez mais novos moradores por conta da mistura de suas praias com clima de montanha. De olho nisso as construtoras também investem no local, onde bairros como Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Piratininga ganham novos empreendimentos. A demanda, cada vez maior, não está sendo suprida pela oferta, o que tem elevado os preços substancialmente. Aluguéis podem chegar a R$ 6 mil e o valor para compra pode ultrapassar a barreira dos R$ 2,7 milhões. Construtores e corretores confirmam que a região é uma área natural de expansão de Niterói.
A boa qualidade de vida, os serviços disponíveis e as belas praias são, sem dúvida, os atrativos da Região Oceânica. No entanto, especialistas lembram que é necessário que o poder público invista na infraestrutura e no acesso dos bairros para permitir um crescimento ordenado, saudável e que faça jus às belezas da Região Oceânica.
Segundo Ilka Martins, corretora da Offir Imóveis, a demanda na Região Oceânica é muito maior do que a oferta, o que tem feito os valores para aluguel e compra aumentarem substancialmente nos últimos anos. Ela explica que é praticamente impossível comprar uma casa ou apartamento por menos de R$ 300 mil.
“É impressionante a atração dos moradores de Niterói e de outros municípios pela Região Oceânica. Por ser uma área que congrega as praias mais bonitas da cidade com o clima de montanha, cada vez mais pessoas estão escolhendo bairros como Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Piratininga para viver, e não apenas passar o verão”, explica.
Camboinhas e Itacoatiara, segundo ela têm os preços mais caros, tanto com relação a aluguel como a compra de imóveis.
“Em Piratininga, casas ou apartamentos de 3 quartos tem aluguéis que variam de R$ 1,5 mil a R$ 2,8 mil, mais taxas. Em Camboinhas e Itacoatiara os preços são a partir de R$ 2 mil, mais taxas. Já em Itaipú, os aluguéis caem um pouco, e começam em R$ 1 mil. É claro que tudo varia de acordo com o imóvel. Quando há piscina, área de lazer, ou vista pro mar os valores crescem substancialmente, e podem chegar facilmente aos R$ 6 mil, por exemplo”, explica.
Wilson Dreux, gerente geral do Grupo Imóveis confirma que o mercado está aquecido na região. Ele destaca que a procura por imóveis nos bairros da Região Oceânica, são feitas, na maioria dos casos, por moradores de cidades e estados vizinhos.
“A tranquilidade da região, a proximidade das praias e a qualidade dos imóveis atrai os novos moradores. Os preços acompanham a valorização do mercado”, explica.
Os valores dos imóveis, como é comum no mercado imobiliário, variam de acordo com a localização e estado de conservação e, no caso da Região Oceânica, proximidade com o oceano.
“Quanto melhor for a vista ou a proximidade do mar, maior vai ser o valor pago na compra ou no aluguel”, conta Dreux.
Em Piratininga, por exemplo é possível encontrar apartamentos com preços entre R$ 350 mil e R$ 1,8 milhões. Em Camboinhas os preços são ainda maiores, começando em R$ 600 mil e ultrapassando os R$ 2 milhões, dependendo do caso. Em Itacoatiara há unidades de quatro quartos, com piscina, de frente para o mar, que custam R$ 2,7 milhões.
Extensão – Diretor da Bacos Construtora, Richard Sonsol explica que a região é vista pelo mercado imobiliário como uma extensão natural das áreas de moradia de Niterói, e que tem grande potencial de crescimento.
“Com certeza Niterói continuará seu crescimento por esta região. Os empreendimentos recém lançados em Itacoatiara, Piratininga e Itaipu,com grande velocidade de vendas, comprovam isso. Tivemos uma boa experiência com o residencial Praias Oceânicas, em Itaipu, e voltaremos a investir na região”, explica ele, lembrando que uma das características dos bairros locais são os terrenos grandes com possibilidade de construção de empreendimentos com grandes áreas de lazer.
José Francisco Vieira Coelho, diretor da Pinto de Almeida, explica que o crescimento da região é facilmente comprovado.
“A Região Oceânica vem registrando o maior crescimento de toda a Região Metropolitana do Rio. É também a área de maior expansão da classe média, com taxa anual da ordem de 10% por ano. O desenvolvimento de Niterói caminha neste sentido e nós acompanharemos esta demanda”, explica ele, acrescentando que a empresa está investindo nos bairros do local e lançará, em maio, o residencial Portal de Itaipu, com 178 apartamentos de 2 e 3 quartos.
Limitação – Para Rodrigo Alves, diretor comercial da CALL Construtora, a compra de imóveis nos bairros da Região Oceânica são um bom investimento, com valorização imediata. Ele explica, por exemplo, que a nova lei, aprovada pela Prefeitura de Niterói que limita a construção de empreendimentos comerciais e coletivos em Itacoatiara, vai fazer com que as ofertas no bairro sejam ainda mais escassas.
“A Região Oceânica de Niterói é uma extensão das áreas de boa moradia da cidade, que tem bairros como Icaraí, Jardim Icaraí e Fonseca saturados. A ordem natural é crescer para lá. Em Itacoatiara, por exemplo a procura é grande, e as ofertas muito poucas. Nós da Call, por exemplo, entregaremos no próximo mês o Residencial Fiori de Itacoatiara, que teve 95 das suas unidades vendidas, só restando 11 coberturas. Quem adquiriu imóvel no bairro já teve seu investimento valorizado”, alerta ele, lembrando que a mudança na legislação da Região Oceânica permitirá mais investimentos, já que o setor precisa trabalhar com regras claras sobre a construção civil.

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