Testemunha vincula a violência de procuradora contra a criança a práticas de uma seita satânica.
RIO - O Ministério Público estadual denunciou por tortura e pediu a prisão preventiva da procuradora aposentada Vera Lucia de Sant'Anna Gomes, de 66 anos, acusada de agredir uma menina de apenas 2 anos e 10 meses que estava sob sua guarda provisória. Segundo os promotores, entre os dias 17 de março e 14 de abril deste ano Vera Lucia, voluntariamente, submeteu a criança "a intenso sofrimento físico e mental, agredindo-lhe de forma reiterada, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal". A mulher também é acusada de racismo depois de denúncia de duas ex-empregadas domésticas. A Justiça vai decidir se decreta ou não a prisão da procuradora.
Testemunha vincula violência a práticas de seita satânica
Na denúncia encaminhada pelo MP à 32 Vara Criminal da capital, os promotores citam o depoimento de uma testemunha, considerado um relato assustador. A mulher vincula a violência contra a criança a práticas de uma seita satânica. Ela diz ainda acreditar que a menina seria oferecida como um sacrifício a esta seita. Fotos anexadas à denúncia do MP mostram a criança com olhos roxos e inchados.
Aos prantos, menina do caso da procuradora não pôde ser atendida (Foto: Marcelo Piu / Ag. O Globo)
Ainda de acordo com o MP, "assim que a menina chegou à residência (de Vera Lucia, em Ipanema), passou a ser alvo diário de incontáveis atos de violência, que ocorriam várias vezes ao dia, tudo sempre presenciado pelos empregados da casa".
Os promotores Homero das Neves Freitas Filho, Márcio José Nobre de Almeida, Marisa Paiva, Claudia Canto Condack e Alexandre Murilo Graça justificaram o pedido de prisão preventiva pela revolta social causada pelos indícios contra Vera Lucia. Além disso, consta nos autos referência à guarda irregular de outro menor deixado pelos pais aos cuidados da procuradora aposentada, e por eles retomado em virtude de maus- tratos. Os promotores também alegaram que, devido à condição econômica da acusada, ela poderia fugir se mantida em liberdade.
O Conselho Tutelar retirou a menina da casa da procuradora e a levou para um abrigo, onde chegou em estado de choque. A avaliação psicológica da criança, que começou nesta terça-feira, precisou ser interrompida. De acordo com o psicólogo, Gilberto Fernandes da Silva, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a menina evitou qualquer contato com estranhos, chorou muito, e não quis sair de perto das pessoas conhecidas do abrigo onde está.
Ela me evitou completamente, chorava muito, ficou de costas e não tem a menor condição de fazer algum contato
- Ela me evitou completamente, chorava muito, ficou de costas e não tem a menor condição de fazer algum contato nesse sentido. É preciso respeitar os limites dela. A única coisa que ela aceitou foi uma escova de pentear cabelos - contou Gilberto, que só conseguiu ficar cerca de 10 minutos com a criança.
O psicólogo ainda não sabe se vai chamar a criança para outra avaliação. E cogita a possibilidade de ela ser ouvida no próprio abrigo, considerado um ambiente mais familiar, onde a menina se sinta mais segura.
O Globo
Testemunha vincula violência a práticas de seita satânica
Na denúncia encaminhada pelo MP à 32 Vara Criminal da capital, os promotores citam o depoimento de uma testemunha, considerado um relato assustador. A mulher vincula a violência contra a criança a práticas de uma seita satânica. Ela diz ainda acreditar que a menina seria oferecida como um sacrifício a esta seita. Fotos anexadas à denúncia do MP mostram a criança com olhos roxos e inchados.
Aos prantos, menina do caso da procuradora não pôde ser atendida (Foto: Marcelo Piu / Ag. O Globo)
Ainda de acordo com o MP, "assim que a menina chegou à residência (de Vera Lucia, em Ipanema), passou a ser alvo diário de incontáveis atos de violência, que ocorriam várias vezes ao dia, tudo sempre presenciado pelos empregados da casa".
Os promotores Homero das Neves Freitas Filho, Márcio José Nobre de Almeida, Marisa Paiva, Claudia Canto Condack e Alexandre Murilo Graça justificaram o pedido de prisão preventiva pela revolta social causada pelos indícios contra Vera Lucia. Além disso, consta nos autos referência à guarda irregular de outro menor deixado pelos pais aos cuidados da procuradora aposentada, e por eles retomado em virtude de maus- tratos. Os promotores também alegaram que, devido à condição econômica da acusada, ela poderia fugir se mantida em liberdade.
O Conselho Tutelar retirou a menina da casa da procuradora e a levou para um abrigo, onde chegou em estado de choque. A avaliação psicológica da criança, que começou nesta terça-feira, precisou ser interrompida. De acordo com o psicólogo, Gilberto Fernandes da Silva, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a menina evitou qualquer contato com estranhos, chorou muito, e não quis sair de perto das pessoas conhecidas do abrigo onde está.
Ela me evitou completamente, chorava muito, ficou de costas e não tem a menor condição de fazer algum contato
- Ela me evitou completamente, chorava muito, ficou de costas e não tem a menor condição de fazer algum contato nesse sentido. É preciso respeitar os limites dela. A única coisa que ela aceitou foi uma escova de pentear cabelos - contou Gilberto, que só conseguiu ficar cerca de 10 minutos com a criança.
O psicólogo ainda não sabe se vai chamar a criança para outra avaliação. E cogita a possibilidade de ela ser ouvida no próprio abrigo, considerado um ambiente mais familiar, onde a menina se sinta mais segura.
O Globo
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