quarta-feira, 10 de novembro de 2010
PURGATÓRIO
A INVENÇÃO DO PURGATÓRIO
Na Idade Média notamos o desenvolvimento de uma série de fatos e experiências históricas que fizeram da Igreja uma das mais poderosas instituições daquela época. A difusão dos preceitos cristãos pela Europa e em outras partes do mundo fez com que os dirigentes desta denominação religiosa interferissem profundamente nos hábitos, concepções e modos de agir de um grande número de pessoas daquela época.
Apesar da visibilidade de todo esse processo, não podemos chegar à simplista conclusão de que os clérigos conseguiam fazer com que as pessoas fizessem aquilo que eles bem entendessem. A Igreja influiu na sociedade de sua época, mas também houve situações em que essa poderosa religião também teve de dialogar com as situações e impasses gerados pelos seus próprios seguidores. Para compreendermos tal ponto, podemos tomar a questão da vida após a morte como um interessante exemplo.
Apesar da visibilidade de todo esse processo, não podemos chegar à simplista conclusão de que os clérigos conseguiam fazer com que as pessoas fizessem aquilo que eles bem entendessem. A Igreja influiu na sociedade de sua época, mas também houve situações em que essa poderosa religião também teve de dialogar com as situações e impasses gerados pelos seus próprios seguidores. Para compreendermos tal ponto, podemos tomar a questão da vida após a morte como um interessante exemplo.
Até o século XII, o cristão estava destinado às glórias e o conforto dos céus ou ao tormento eterno mantido nas profundezas do inferno. A proposição de destinos tão diferentes, fez com que vários fiéis buscassem uma vida predominantemente voltada para a garantia de salvação. Mas como bem sabemos, desde aquele tempo, os pecados atingiam a muitos cristãos e, por isso, pairava uma enorme dúvida sobre qual seria o destino de alguém que não foi nem completamente bom ou ruim.
Nesse período, é interessante frisarmos que a ordenação social legitimada pela Igreja passava a escapar do seu controle. O mundo medieval antes dividido entre clero, nobreza e servos passava a ganhar a entrada de pessoas que não se ajustavam completamente a esse modelo harmônico dos clérigos medievais. Passando a viver no efervescente ambiente urbano, muitos fiéis e clérigos não tinham meios seguros para dizer se alguém levou ou não uma vida louvável aos olhos de Deus.
De fato essa discussão era bastante antiga e já tinha presença nos escritos de Santo Agostinho, no século IV. Segundo esse teólogo medieval, o indivíduo que teve uma vida mais inclinada ao pecado seria destinado ao Inferno, mas poderia sair dessa condição através das orações feitas pelos vivos em sua memória. Já aqueles que não foram inteiramente bons passariam por um estágio de purificação que poderia trazê-lo para os céus.
Até então, o purgatório era compreendido como um processo de salvação espiritual que fugia do que era normalmente convencionado pela Igreja. Segundo a pesquisa de alguns historiadores, a ideia de que o purgatório fosse um “lugar à parte” somente tomou forma entre os séculos XII e XIII. Contudo, engana-se quem acredita que esse terceiro destino no post mortem seja uma proposta originalmente concebida pela cristandade ocidental.
Os próprios judeus acreditavam que aqueles que não eram nem bons ou maus seriam levados a um lugar onde a pessoa sofreria castigos temporários até que estivessem aptos para viverem no éden. Entre os indianos, os “intermediários” poderiam viver uma série de reencarnações que os levariam até os céus ou ao inferno. Sem dúvida, podemos ver como a própria condição do homem e sua experiência histórica influíram na visão de mundo de várias crenças.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Mestre em História
SÃO VICENTE PALLOTTI
SÃO VICENTE PALLOTTI

Pallotti confrontava-se com os problemas que dificultavam a vivência da fé e o crescimento das tarefas ligadas ao anúncio do Evangelho nas terras de missão. Diante de tais problemas que a Igreja devia afrontar, Pallotti voltava sua atenção sobre a necessidade urgente de reavivar a fé e de reacender a caridade entre os católicos para anunciar a todos os homens a boa notícia da salvação.
No território da cidade de Roma ele, com um grupo de colaboradores, desenvolveu uma notável célula de atividades apostólicas e ao mesmo tempo ocupou-se em unir e coordenar tais atividades. Disto nasceu a idéia de fundar uma nova instituição, ou seja, a “União do Apostolado Católico”, para unir todas as iniciativas apostólicas.
Nos múltiplos escritos Pallotti desenvolveu a visão global da obra na Igreja, a fim que a boa notícia pudesse ser levada a todos os homens de maneira ordenada e sistemática.
São Vicente Pallotti morreu no dia 22 de janeiro de 1850 sem ter visto o pleno desenvolvimento da sua obra. Seus colaboradores mais próximos continuaram sua missão, assegurando à Sociedade um posterior desenvolvimento. Vicente Pallotti foi beatificado em 1950 e canonizado em 1963 durante o Concílio Vaticano II.
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