sábado, 29 de janeiro de 2011

Lagoa de Piratininga registra aumento da poluição


A mortandade de peixes na Lagoa de Piratininga, na Região Oceânica, ocorrida na última quarta-feira, foi mais um sinal do grave estado no qual ela se encontra. De acordo com um relatório do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fornecido ao GLOBO-Niterói, análises revelam que os índices de poluição de suas águas aumentam em larga escala desde 1988.

Segundo o Inea, a concentração de coliformes fecais na Lagoa de Piratininga é alarmante. No ano passado, o órgão chegou a registrar 160 mil partículas por cem mililitros, sendo que o limite tolerável é de 800 por 100ml.
Para se ter uma ideia da $da situação, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) realizou um estudo após as enchentes em Nova Friburgo e encontrou no Rio Bengalas, o principal da cidade, 68 mil partículas de coliformes fecais por 100ml de água. Isso significa que a Lagoa de Piratininga alcançou um índice muito maior que o registrado na Região Serrana após as chuvas que provocaram centenas de mortes.

O Inea ainda detectou em Piratininga, entre 2002 e 2010, uma redução de até 50% de oxigênio na água e um aumento de 50% na concentração de substâncias poluentes como amônia e fósforo, características de esgoto domiliciliar. A lagoa também sofre com o assoreamento, que, segundo especialistas, foi uma das causas da última mortandade.

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